A gagueira é caracterizada por um distúrbio na temporalização da fala e tem sua origem na infância que pode persistir, ou não, na vida adulta e é tratada pela ciência como uma disfunção causada por vários fatores, entre eles genéticos, sociais e até psicológicos.

Apesar da gagueira não ser causada exclusivamente por problemas emocionais, esses podem ser agravantes dela. Por exemplo, as crianças que ainda não manifestaram a gagueira na fala podem desenvolvê-la ao enfrentarem determinada situação de maior impacto; no entanto, isso só acontecerá se houver predisposição para a condição.

Mas, o problema tem cura e pacientes gagos conseguem ter uma fala normal se o tratamento for iniciado assim que se inicia a alteração. O tratamento deve ser iniciado assim que percebidas as manifestações. Quanto maior a espera, menores são as chances de cura.

Para os pais que têm crianças com esta dificuldade, a ajuda em casa é fundamental para que elas se sintam confortáveis ao se comunicar e tratando tal alteração da fala com tranquilidade.

Em algumas situações em que a criança ganha um irmão ou passa pela separação dos pais, por exemplo, a gagueira pode aparecer. Nesses casos, ouvi-las com atenção e naturalidade enquanto fala, separar um tempo para conversar com elas, sem distrações e sem pressa podem ajudar a devolver a fluência da fala. Além disso, é essencial evitar chamar atenção durante interações diárias ou reagir negativamente à gagueira, sem punir ou criticar. A gagueira é individual, intermitente e involuntária” e em alguns casos pode ser necessário intervenção com psicólogo.

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Sobre o Autor

Me chamo Ana Lúcia Duran e sou fonoaudióloga clínica graduada pela UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina e pós graduada em psicomotricidade. Atuo na área educacional e sou responsável pelo projeto oficina de linguagem do colégio Cermac/ vencedor do PNGE – Prêmio Nacional de Gestão Educacional/2015.