A comunicação é parte essencial de toda sociedade e a voz é um dos principais instrumentos usados para trocar mensagens, inclusive em tempos de avanços tecnológicos. Até mesmo na natureza podemos perceber que outras espécies usam a voz para informar, localizar e alertar seus pares sobre a presença de inimigos, sobre sensações etc. O grande problema é que, no dia a dia, costumamos negligenciar a saúde vocal e, gradativamente, podemos prejudicar a qualidade da voz e a sua capacidade de comunicação.

O conceito de saúde vocal consiste em que a pessoa falante possa comunicar o que deseja, de acordo com seu interlocutor, e seja identificado por suas características individuais, como um tom mais grave ou mais agudo, por exemplo. É por isso que a rouquidão é um tipo de distúrbio da voz, pois descaracteriza a pessoa que fala e gera conflitos emocionais.

Mas, será que você sabe cuidar da sua voz apropriadamente?

Alguns hábitos cotidianos devem ser evitados para que possamos manter a saúde vocal. Sem dúvidas, um dos principais vilões da voz é o tabagismo. Fumar causa rouquidão grave porque leva a um acúmulo de líquido nas pregas vocais, conhecido como Edema de Reinke. O tratamento é feito com drenagem cirúrgica e fonoterapia de reabilitação vocal.

Shows, baladas e locais com som muito alto, que levam a uma competição sonora, também não fazem bem à voz, pois ao forçar para falar, podemos fadigar os músculos das pregas vocais. Depois da diversão, é preciso fazer repouso vocal e, em alguns casos, até alguns exercícios para reduzir o inchaço provocado por falar em maior intensidade ou mesmo gritar. 

Os distúrbios gástricos têm relação com algumas alterações de voz. O refluxo, por exemplo, quando não tratado, pode levar à disfonia, ou seja, um enfraquecimento da voz. Isso ocorre porque a laringe aumenta a produção de muco para proteger as pregas vocais do ácido estomacal e gera um pigarro incômodo que, por consequência, pode gerar edema e até nódulos que deixam a voz rouca.

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Sobre o Autor

Me chamo Ana Lúcia Duran e sou fonoaudióloga clínica graduada pela UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina e pós graduada em psicomotricidade. Atuo na área educacional e sou responsável pelo projeto oficina de linguagem do colégio Cermac/ vencedor do PNGE – Prêmio Nacional de Gestão Educacional/2015.