Após se tornar conhecida por liderar uma equipe que sequenciou o genoma do vírus SARS-CoV-2 em apenas 48h no Brasil – tempo recorde se comparado a outros países – a biomédica baiana Dra. Jaqueline Goes agora se torna uma boneca Barbie. Para homenagear a grande marca na carreira da cientista que quebrou barreiras, lidou com muitos desafios e agora serve de inspiração para gerações futuras, a Barbie presenteia Jaqueline com uma boneca única e feita à sua semelhança. A iniciativa faz parte da linha “Mulheres Inspiradoras” (Role Models em inglês).
Doutora em Patologia Humana e Experimental pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), instituição associada à Fiocruz, e mestre em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa, a pesquisadora coordena o projeto CADDE (Centro de Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus), uma parceria do Brasil com o Reino Unido. E agora ela faz parte de uma lista de mulheres brilhantes homenageadas pela Barbie, junto com a modelo americana Ashley Graham, a cosmonauta russa Anna Kikina, a modelo e ativista britânica Adwoa Aboah, a chef italiana Rossana Maziale e a surfista de ondas grandes Maya Gabeira – a primeira brasileira eleita pelo programa da boneca, em 2019 – dentre outras personalidades, da medicina e da música
“Enquanto cientista, mulher e negra, ser homenageada pela Barbie e me tornar um modelo para novas gerações é provar que através das oportunidades, o talento e inteligência podem alcançar e até gerar frutos positivos para uma nação”, fala a biomédica, que ainda destaca a dedicação e o comprometimento que todos os profissionais da linha de frente exibiram no combate à pandemia. “Crianças imaginam que podem ser o que quiserem, mas ver o que podem se tornar, ouvindo as trajetórias de outras pessoas e reconhecendo-se nelas faz toda a diferença.”
Além de Jaqueline, outras cinco mulheres, consideradas heroínas da pandemia, ganham o reconhecimento pela Mattel por trabalharem incansavelmente na luta contra a COVID-19 e por impactarem positivamente a comunidade. São elas: a enfermeira americana Amy O’Sullivan; Audrey Cruz, que atuou na linha de frente em Las Vegas e teve um importante papel no combate ao preconceito racial e a discriminação; a psiquiatra canadense Chika Stacy Oriuwa, que defendeu o racismo sistêmico na área da saúde; a professora de vacinologia Sarah Gilbert, do Reino Unido, líder no desenvolvimento da vacina de Oxford; e a australiana Kirby White, que desenvolveu uma bata que podia ser lavada e reutilizada, permitindo assim que os funcionários da linha de frente continuassem atendendo os pacientes durante a pandemia.
Lisa McKnight, vice-presidente sênior e chefe global da Barbie e bonecas da Mattel, conta como o projeto “Mulheres Inspiradoras” tem avançado fronteiras para inspirar meninas a serem tudo o que quiserem: “A Barbie reconhece que todos os trabalhadores da linha de frente fizeram enormes sacrifícios ao enfrentar a pandemia e os desafios que ela agravou”, diz ela, que complementa: “Para iluminar seus esforços, estamos compartilhando suas histórias e aproveitando a plataforma da Barbie para inspirar a próxima geração a seguir essas heróinas. Nossa esperança é nutrir e estimular a imaginação das crianças que interpretam seus próprios enredos como heróis”.
Criada em 1959 e hoje com mais de 200 profissões, a Barbie quer mostrar às meninas que elas podem ser tudo que quiserem e que é possível criar um mundo de infinitas possibilidades. Nenhum sonho é grande demais se é possível imaginá-lo – independente se o desejo é ser fada ou astronauta. A boneca continua a instigar as crianças no Brasil e no mundo e apresentar a conquista de diferentes mulheres, permitindo assim que se sintam inspiradas e empoderadas. Sonhar com o que querem ser é apenas o começo. Descobrir que realmente podem fazer toda a diferença.